terça-feira, 21 de março de 2017

ÚLTIMO BALUARTE

Desenhos rupestres Chauvet

        As pinturas rupestres são uma das formas de expressão artística que mais impressionam os historiadores. O fato de terem sido realizadas há milhares de anos por seres humanos que são considerados primitivos intriga historiadores, demais estudiosos e amantes das artes em virtude da complexidade dessas expressões artísticas. Dentre as várias descobertas feitas sobre pinturas rupestres estão as realizadas na caverna de Chauvet, no Valon Pont-Darc, no sul da França.       


      A caverna foi descoberta em 1994 por Jean Chauvet, que ao percorrer a região em busca de grutas, encontrou uma pequena fenda nas rochas que o levou a uma extensa galeria sob um morro onde estava gravada em suas paredes uma rica produção artística do passado humano.

     São 425 figuras de animais, sendo principalmente 65 rinocerontes, 74 leões e 66 mamutes, gravados nas paredes e estalactites das paredes da Caverna de Chauvet. Descoberta ao acaso por espeleólogos amadores, em 1994, as pinturas presentes na caverna são consideradas as mais antigas produções artísticas que se têm conhecimento.
         O mais interessante é o nível de elaboração das representações pictóricas. Técnicas de sombreamento das imagens, de raspagem das paredes antes de pintá-las e o esfumaçamento das cores evidenciam a complexidade técnica desenvolvida pelos seres humanos do Paleolítico para expressar artisticamente as experiências de sua vida.A caverna é composta de várias salas onde estão pintados animais e seres humanos, principalmente partes do corpo humano, como as mãos ou o ventre de mulher. As pinturas impressionam pela complexidade artística em um período tão longínquo da existência das pessoas.
    A explicação para a preservação dos desenhos está no fato de a entrada principal da Caverna de Chauvet ter sido fechada por volta de 21 mil anos atrás por rochas que se precipitaram após abalos sísmicos na região. Tal situação impediu alterações climáticas no interior da caverna que contribuíssem para a deterioração das obras de arte presentes em seu interior.
     A caverna tem entrada rigorosamente restrita e controlada, para evitar danos às pinturas inestimáveis, sendo acessível apenas a alguns poucos pesquisadores.

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